O ano de 2024 se encerra com uma série de reviravoltas e disputas políticas. O Poder360 compilou alguns dos eventos que marcaram as eleições municipais, o Congresso e os principais embates do governo neste ano.
CHIQUINHO BRAZÃO
Em março, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) foi preso sob a suspeita de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco (Psol). A investigação resultou em um processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara. O colegiado posteriormente recomendou a cassação do mandato do deputado. Agora, caberá ao plenário decidir se valida a recomendação. O tema deve voltar à pauta em 2025.
GOVERNO & CONGRESSO
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma série de desafios para passar projetos de seu interesse no Congresso. Um deles foi o que taxa as compras internacionais de até US$ 50.
O presidente sofreu um acidente doméstico e bateu a cabeça, o que atrasou as articulações no Congresso.
Mais para o fim do ano, o governo também conseguiu aprovar, com esforço, alguns dos projetos para cortar gastos públicos, como o que muda a política de valorização do salário mínimo e regras para concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Algumas propostas, no entanto, ficarão para 2025, como a que corta alguns benefícios de militares.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
No 2º semestre, o noticiário político foi marcado pelas eleições municipais. Em São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) viu seu nome crescer nas pesquisas. Em 15 de setembro, ele levou uma cadeirada do apresentador José Luiz Datena (PSDB), seu adversário na disputa.
A corrida eleitoral também foi terreno para competição entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O resultado foi o crescimento da centro-direita em boa parte do país.
CONGRESSO VS. STF
O Congresso teve mais uma rodada de tensões com o STF (Supremo Tribunal Federal). Em agosto, a Corte suspendeu as emendas de congressistas. Os deputados e senadores aprovaram um projeto com regras para dar mais rastreabilidade aos repasses. Organizações de transparência criticaram o conteúdo e afirmaram que as novas regras não solucionam o problema.
O STF liberou as emendas individuais e de bancada, mas uma nova decisão suspendeu as de comissão. Os recursos depois foram parcialmente desbloqueados.
ATENTADO EM BRASÍLIA
Em novembro, um homem morreu ao atentar contra o STF na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). A explosão causou discussões sobre a anistia dos presos em 8 de janeiro. A discussão esfriou, mas não foi totalmente enterrada.
SUCESSÃO NO CONGRESSO
Ainda no Congresso, uma reviravolta fez com que Hugo Motta (Republicanos-PB) despontasse como favorito à Presidência da Câmara. Antes, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) era tido como o principal nome.
Já no Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é o mais cotado para assumir o comando na eleição de fevereiro.
BOLSONARO E BRAGA NETTO
Em novembro, o indiciamento de Jair Bolsonaro e a prisão do ex-ministro Braga Netto (PL) também movimentaram a política e tomaram conta dos discursos das tribunas das duas Casas. Eles são acusados pela Polícia Federal de articular um golpe de Estado.