Fatos da Semana: Cid preso, Bolsonaro indiciado e queda na aprovação de Lula

No quadro Fatos da Semana, o Poder360 reúne os principais eventos da semana que se encerra neste sábado (23.mar.2024).

Assista (5min30s):

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BOLSONARISMO NO FOCO

Notícias ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dominaram o noticiário nesta semana. Na 3ª feira (19.mar), o ex-chefe do Executivo foi indiciado pela PF (Polícia Federal) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. É acusado de fraudar cartões de vacinação contra a covid. A defesa de Bolsonaro declarou que ele não usou o documento para entrar nos Estados Unidos, depois das eleições de 2022, e, por isso, não teria motivos para falsificar o cartão.

Quem também foi indiciado foi o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que é suspeito de organizar a fraude a mando do ex-presidente. Na 5ª feira (21.mar), a voz de Cid apareceu em um áudio afirmando ter sido coagido a delatar seu ex-chefe. A defesa confirmou que o áudio é de Mauro Cid, mas disse que não passa de um desabafo.

Na 6ª feira (22.mar), o tenente-coronel prestou depoimento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre os áudios vazados. A audiência durou cerca de 30 minutos e ele foi novamente preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, onde ficou detido por 4 meses em 2023.

GOVERNO LULA

Pesquisa Datafolha divulgada na 5ª feira (21.mar) reforçou o que outros levantamentos já haviam mostrado: mesmo com notícias positivas na economia, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) piorou. A taxa de ruim ou péssimo do petista avançou de 30% em dezembro para 33%, enquanto a de bom ou ótimo caiu de 38 para 35%.

Na 2ª feira (18.mar), Lula realizou sua 1ª reunião ministerial do ano. Um dos temas foi justamente a avaliação do governo. Lula cobrou que os ministérios divulguem melhor suas entregas. Criticou novamente seu antecessor, Jair Bolsonaro, e disse que o Brasil não teve um golpe de Estado por covardia do ex-chefe do Executivo.

Na 4ª feira (20.mar), o PT realizou uma festa de comemoração pelos seus 44 anos. A celebração contou com a presença de figuras históricas do partido, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, ambos condenados pelo STF pelo Mensalão. Em seu discurso, Lula elogiou a sigla pelo acolhimento ao vice-presidente Geraldo Alckmin.

ROBINHO PRESO

Na 5ª feira (21.mar), o ex-jogador de futebol Robson de Souza, conhecido como Robinho, foi preso depois de o STJ (Superior Tribunal de Justiça) validar a sua condenação pela Justiça italiana, em 2017, pelo crime de estupro. O caso ocorreu em 2013, em uma boate em Milão, onde ele morava enquanto jogava no Milan. Deve cumprir pena de 9 anos em regime fechado.

JUDICIÁRIO

Na 3ª feira (19.mar), o ministro do STF Alexandre de Moraes homologou a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, preso sob a acusação de ser um dos executores do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), em 2018.

LEGISLATIVO

Na 4ª feira (20.mar), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que limita as saídas temporárias de presos a casos de trabalho e estudo, conhecido como PL das “saidinhas”. O texto já havia sido aprovado no Senado em fevereiro e segue agora para sanção do presidente Lula.

No mesmo dia, os deputados também aprovaram o texto principal do PL do Novo Ensino Médio. Foi mantido o desejo do governo de 2.400 horas de disciplinas obrigatórias. Agora, vai ao Senado.

UNIÃO BRASIL

Também na 4ª feira, o União Brasil decidiu afastar o deputado Luciano Bivar (PE) da presidência do partido. A sigla viveu momentos de tensão nas últimas semanas, com uma eleição interna polarizada e com trocas de ameaças e um incêndio na casa do presidente eleito, Antonio Rueda. Bivar afirmou que acionará a Justiça para reverter a decisão.

DENGUE

O Brasil atingiu durante a semana o maior patamar de casos anuais da doença neste século. Até a tarde de 6ª feira (22.mar), eram 2.045.277 casos prováveis. O pior ano até então havia sido 2015, quando houve quase 1.688.700 casos em 12 meses. O Brasil já tem 715 mortes confirmadas e 1.078 em investigação em 2024.

ECONOMIA

Na economia, a Receita Federal divulgou a arrecadação de fevereiro na 4ª feira (20.mar). O país registrou novo recorde: R$ 186,5 bilhões. Foi o melhor 1º bimestre da série histórica, iniciada em 1995. 

No mesmo dia, o Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), cortou novamente a taxa básica de juros, a Selic, em meio ponto percentual (0,5 p.p.). Foi de 11,25% para 10,75%. Porém, o BC sinalizou que a próxima reunião, de 7 e 8 de maio, deve ser a última dessa sequência de cortes de meio ponto, mantida desde agosto do ano passado.

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