A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, comemorou nesta 2ª feira (9.jun.2025) o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF (Supremo Tribunal Federal) no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022. Segundo ela, esta semana começa com o antigo chefe do Executivo “sentado no banco dos réus, que é o lugar dele no Estado democrático de Direito”.
“Bolsonaro teve e terá, ao longo da ação, todas as garantias do devido processo legal, diferentemente do que acontece nas ditaduras, que ele defende e tentou impor novamente no Brasil”, disse Gleisi em publicado nas redes sociais.
A 1ª Turma do STF começou nesta 2ª feira (9.jun) a interrogar os réus do núcleo crucial na ação penal por tentativa de golpe de Estado. Os interrogatórios devem ser finalizados até a 6ª feira (13.jun). O 1º a ser ouvido foi Mauro Cid, que fechou um acordo de colaboração. Os demais réus serão interrogados na sequência, em ordem alfabética.
Assista (1min29s):
A ministra declarou que estarão junto com o ex-presidente, no banco dos réus, “a violência política, o discurso de ódio, a rede de mentiras e todos os recursos que a extrema-direita empregou par usurpar o poder”.
Sem citar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, Gleisi afirmou que o julgamento de Bolsonaro é a “melhor resposta” às “mentiras” que os seus aliados e familiares espalham pelo mundo para pedir intervenção na política e na Justiça brasileira.
O congressista vive nos Estados Unidos desde março deste ano, quando se licenciou de forma não remunerada. Em entrevistas e publicações nas redes sociais, o deputado fala sobre “abusos” cometidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e articula sanções junto ao congresso norte-americano contra o magistrado.
No fim de maio, Moraes abriu um inquérito para apurar a atuação do congressista nos EUA.