O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, suspendeu os salários pagos pelo partido ao ex-ministro Walter Braga Netto e a Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL).
Tanto Braga Netto quanto Câmara são alvos da operação Tempus Veritatis da PF (Polícia Federal), que apura suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro e Valdemar também são investigados. Todos foram convocados a prestar depoimento na 5ª feira (22.fev).
A operação Tempus Veritatis foi deflagrada em 8 de fevereiro para investigar a tentativa de um golpe de Estado para manter Bolsonaro na Presidência. Uma das evidências é uma reunião de 5 de julho de 2022. O vídeo do encontro constava em computador apreendido do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Nas imagens, o ex-presidente e diferentes ex-ministros da gestão atacam o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e falam sobre possíveis estratégias para questionar o resultado das urnas eletrônicas, incluindo a participação das Forças Armadas. Saiba aqui quem estava na reunião usada pela Tempus Veritatis.
Valdemar respondeu a todas as perguntas da Polícia Federal em seu depoimento de 5ª feira (22.fev). A informação é da defesa do presidente do PL, que disse que não fará comentários sobre as investigações. A postura foi diferente da de Bolsonaro, que também compareceu à sede da PF para depor, mas resolveu ficar em silêncio. Braga Netto também optou pelo silêncio, segundo sua defesa.
Marcelo Câmara, que está preso, foi levado à sede da PF em Brasília, mas não depôs porque seu advogado participava do depoimento de outro cliente.
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