Bolsonaro e outros 13 aliados depõem na PF nesta 5ª feira

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 13 investigados por suposta tentativa de golpe de Estado têm depoimento marcado na sede da PF (Polícia Federal), em Brasília, às 14h30 desta 5ª feira (22.fev.2024). Todos serão ouvidos simultaneamente.

A defesa de Bolsonaro avisou que ele ficará em silêncio. Afirma que o seu cliente só falará depois que tiver acesso aos conteúdos dos celulares apreendidos durante a operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro.

Leia a lista dos alvos que serão ouvidos pela PF nesta 5ª feira (22.fev):

  1. Jair Bolsonaro – ex-presidente;
  2. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  3. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  4. Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
  5. Bernardo Romão Corrêa – coronel do Exército (preso);
  6. Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva;
  7. Filipe Martins – ex-assessor especial de Bolsonaro;
  8. Mário Fernandes, ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República;
  9. Marcelo Câmara – coronel do Exército e ex-assessor (preso);
  10. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  11. Rafael Martins – major das Forças Especiais do Exército (preso);
  12. Tércio Arnauld, ex-assessor de Jair Bolsonaro; e
  13. Valdemar Costa Neto, presidente do PL (Partido Liberal); e
  14. Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.

O ex-chefe do Executivo teve 3 pedidos de adiamento do depoimento negados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o ministro, Bolsonaro não poderá escolher a data e o horário do seu depoimento. A última decisão é de 4ª feira (21.fev). Eis a íntegra do texto (PDF – 128 kB).

Segundo apurou o Poder360, o processo só pode ser acessado pelos advogados presencialmente, na sede do STF, em Brasília. Depois da requisição, as defesas recebem os trechos em que seu cliente é citado. A liberação parcial das informações é prejudicial, segundo advogados ligados ao caso.


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OPERAÇÃO

A operação Tempus Veritatis foi autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Na decisão, ele cita a tentativa de manter Bolsonaro no poder com um golpe de Estado. Eis a íntegra do documento (PDF – 8 MB). Moraes também levantou o sigilo de uma reunião realizada por Bolsonaro com integrantes de seu governo em julho de 2022.

Nela, o então presidente pede endosso aos ataques contra o sistema eleitoral e sugere que ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teriam recebido dinheiro para fraudar as eleições. Saiba quem estava presente no encontro e assista aqui ao vídeo completo.

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