O pastor Silas Malafaia se disse contrário ao convite do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, à manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcada para às 15h de domingo (25), na av. Paulista, em São Paulo. Um dos organizadores e financiador do ato, Malafaia declarou que o diplomata não comparecerá.
A fala foi concedida ao jornal Folha de S. Paulo. É em resposta ao convite enviado pelo assessor do ex-presidente, Fabio Wajngarten. Ele anunciou no domingo (18.fev), em seu perfil no X (antigo Twitter), a intenção de chamar o embaixador israelense para o evento.
O post foi feito logo depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. Em entrevista a jornalistas durante visita à Etiópia, no domingo (18.fev), o chefe do Executivo voltou a dizer que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio” e afirmou que o Brasil vai defender na ONU (Organização das Nações Unidas) a criação de um Estado palestino.
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Na avaliação de Malafaia, a presença de Zonshine poderia desviar o foco da manifestação. O ato foi organizado em oposição à operação Tempus Veritatis, da PF (Polícia Federal), que investiga Bolsonaro e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado.
O pastor disse ainda que somente ele e o ex-presidente cuidam da lista de presentes. De acordo com Malafaia, cerca de 100 políticos pediram para participar.