O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu em 26 de março o chefe do Gabinete Adjunto de Gestão Interna do Gabinete Pessoal da Presidência, Valdomiro Luis de Sousa. No dia seguinte, em 27 de março, ele foi nomeado para o cargo de assessor, no Planalto.
Em 9 de janeiro, Lula deu uma bronca publicamente no assessor. O motivo: não gostou dos quadros de outros presidentes do Brasil, que fica no térreo do Palácio do Planalto, em Brasília. Pediu ainda para que, em vez da data de nascimento e morte, que mostrasse a data que cada chefe tomou posse e saiu do governo.
“O que eu quero é que conte a História, a Dilma [Rousseff, do PT] foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, que foi um golpe, depois esse aqui [Michel Temer, do MDB] não foi eleito. Esse aqui tomou posse em função do impeachment da Dilma, tá? Depois esse aqui [Jair Bolsonaro, do PL] foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que contar”, disse.
Lula falou diretamente com o ex-assessor: “As pessoas querem saber em que período que ele governou, quando ele governou. Você tem que dizer aqui como é que foram eleitas as pessoas, para a história registrar, cara. Senão, a história não registra”.
TROCA POR COTA DE LULA
Valdomiro foi substituído por Swedenberger Barbosa, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Nísia Trindade, demitida em 25 de fevereiro.
Swedenberger é um nome da cota pessoal de Lula. Em 2006, foi nomeado assessor especial do chefe do Executivo. Além disso, foi secretário-executivo da Casa Civil no comando do ex-ministro José Dirceu, de 2003 a 2005.