A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que se arrepende de ter perseguido um homem armada na véspera da eleição de 2022. “Devia ter entrado no carro e ido embora”, disse.
Na conversa, Zambelli declarou sentir-se abandonada por Jair Bolsonaro (PL), de quem era uma das principais aliadas. “Não só eu como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram”, afirmou ao jornal.
A deputada, que tem maioria contrária no STF para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto e à perda de mandato, discordou da declaração de Bolsonaro de que “a Carla Zambelli tirou o mandato da gente”. “Eu acho que atrapalhou, sim. Mas foi simplesmente meio dia. Não acho que tanta gente tenha mudado de opinião”, declarou.
Quando questionada sobre as acusações contra Bolsonaro no caso da tentativa de golpe, Zambelli considerou “absurdo” o indiciamento. “Como é que um artifício, uma lei que está dentro da Constituição Federal, pode ser golpe?”, argumentou.
Sobre o cenário para 2026, a deputada destacou Michelle e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como possíveis representantes da direita nas eleições presidenciais. Também citou o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Porém, após a conversa, procurou a reportagem para dizer que era cedo para definições sobre o cenário eleitoral.
Zambelli também busca reverter no TSE uma condenação por desinformação. Mesmo enfrentando possível inelegibilidade, ela pretende voltar à política em 2030: “Não vão se livrar tão cedo de mim”, afirmou.
