Haddad compara apelido “Taxadd” à propaganda nazista

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comparou nesta 6⁠ª feira (7.mar.2025) o meme “Taxadd” –apelido dado a ele pelo aumento de impostos– à propaganda nazista.

Em entrevista ao Flow Podcast, o ministro da Fazenda disse que a taxação das compras até US$ 50 foi aprovada por unanimidade pelo Congresso, “inclusive com apoio do PL” –partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Afirmou, ainda, que o Ministério da Fazenda poderia ter criado o imposto de importação por portaria, mas o presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) não quis. 

Segundo Haddad, porém, quando uma “mentira” é contada repetidamente, se torna verdade.

“É aquela coisa do Goebbels, o ministro da propaganda nazista. Ele dizia nos diários dele que, quando uma mentira grande é contada repetidamente, as pessoas acabam acreditando nela”, afirmou o ministro.

Ainda segundo o Haddad, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incidem sobre as compras não é um imposto federal, e sim estadual.

“ICMS não tem nada a ver com o governo federal. É um imposto estadual. Se o Tarcísio [governador de São Paulo] chegar aqui, você não vai perguntar porque ele taxou a Shopee. A grana tá indo para o cofre dos Estados”, disse o ministro.

TAXAÇÃO DAS BLUSINHAS

O Congresso não votou o mérito da taxação para compras internacionais acima de US$ 50, mas mudanças feitas pelos senadores, que deixaram de fora do projeto do PL do Mover alguns jabutis, como a retirada do conteúdo local para o petróleo e gás e do incentivo fiscal para bicicletas. No entanto, também não se manifestaram contra a medida. À época, a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) apresentou um requerimento para retirar a taxa do projeto, mas o pedido foi rejeitado por votação simbólica.

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