Com 513 deputados, a Câmara assistiu a uma intensa troca de partidos entre os congressistas no período que vai de janeiro a dezembro de 2024. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi a sigla que mais perdeu entre os 20 partidos, mas ainda assim manteve a maior bancada da Casa Baixa. Já o Republicanos, comandado por Marcos Pereira (SP), foi a legenda que mais teve novas adesões.
O PL entrará em 2025 com 2 deputados a menos do que tinha em janeiro do ano anterior –de 95 foi para 93. Dos 4 que saíram, a perda mais expressiva foi a do deputado Ricardo Salles (Novo-SP), que regressou ao seu partido de origem, o Novo, quando foi ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro. Só 2 deputados aderiram à legenda: Ricardo Guidi (SC) e Zucco (PL).
O Republicanos, por sua vez, partido de Hugo Motta (PB), favorito a ocupar a cadeira de presidência da Câmara a partir de 2025, teve 5 adesões e 3 perdas –uma delas foi o deputado Zucco (PL-RS). Com saldo positivo de 2 deputados, sua bancada foi a que mais cresceu, subindo de 42 para 44 congressistas. Empatou, portanto, com o MDB e o PSD, ambos com 44.
A mudança mais drástica foi a expulsão de Chiquinho Brazão do União Brasil. Acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) em 2018, o deputado foi expulso do partido em março e sua cassação foi aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara. Brazão impetrou recurso, mas a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara o negou. Falta o plenário votar a favor ou contra a cassação do mandato.
O PSD, Cidadania, PRD e o Novo ganharam 1 deputado cada, enquanto o Podemos, o Solidariedade e o PV tiveram uma baixa. O PSDB, por sua vez, perdeu 2. Já o MDB, o PP e o União Brasil permaneceram com os mesmos números, mas tiveram trocas -no 1º, entrou Alexandre Guimarāes (MDB-TO) e saiu Thiago Flores (Republicanos-RO); no 2º, saiu José Nelto (União Brasil-GO), entrou Silvia Cristina (PP-RO); e, no 3º, a saída de Brazão foi compensada por Nelto.
