A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que vê com apreensão decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao manter Alexandre de Moraes à frente do inquérito que investiga um suposto golpe de estado.
Paulo da Cunha Bueno afirmou que é mais um episódio que macula as investigações.
“Vemos com apreensão que a Suprema Corte tenha formado maioria para rejeitar a arguição de impedimento do Ministro Alexandre de Moraes. As razões que fundamentam o pedido são claras e remetem a um princípio basilar é fundamental do processo penal moderno: o da imparcialidade objetiva do julgador. Reconhecido, de há muito, nas Cortes Internacionais, em raras vezes o impedimento de um magistrado se mostrou tão evidente como na espécie. Mais um episódio a macular as investigações, deixando a descoberto, mais uma vez, a realidade do binômio politização da justiça e judicialização da política”, disse.
O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta sexta-feira (6) para negar o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pede o impedimento do ministro Alexandre de Moraes para atuar na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
Votaram para manter Moraes na relatoria do julgamento os ministros
- Luís Roberto Barroso;
- Edson Fachin;
- Flávio Dino;
- Gilmar Mendes;
- Cristiano Zanin;
- Dias Toffoli.
O ministro Alexandre de Moraes se declarou impedido de participar da votação.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em “Vemos com apreensão”, diz defesa de Bolsonaro à CNN sobre manutenção de Moraes em inquérito no site CNN Brasil.