O atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), disse que aceitaria nomear o ex-ministro da Economia Paulo Guedes como secretário da Fazenda caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o indicasse. Guedes chefiou órgão de 2018 a 2022.
Em entrevista nesta 5ª feira (10.out.2024) ao programa “Balanço Geral”, da Record, o emedebista afirmou que a escolha do secretário será dele, mas que o ex-ministro é um bom nome.
“Se ele [Bolsonaro] fizer alguma indicação como a do Coronel Melo [vice na chapa de Nunes], se for um nome positivo, bom. Vamos supor que indique o Paulo Guedes para Fazenda, é um nome bom, concorda comigo?”, disse Nunes. “Se ele indicar o Paulo Guedes para a Fazenda, eu aceito”, acrescentou.
Bolsonaro é um dos principais cabos eleitorais da campanha de Ricardo Nunes. O ex-presidente foi o responsável por indicar o Coronel Mello de Araújo (PL), de quem é amigo próximo, para vice da chapa do atual prefeito.
Antes da declaração, o atual prefeito negou que tenha feito acordos para ceder cargos no município e disse que a escolha dos secretários será feita de forma técnica.
“Meu secretariado será um secretariado técnico […] Tenho uma equipe técnica e não abro mão disso. […] A gente tem essa transparência de dizer o seguinte: eu não fiz acordo de cargo com ninguém, com nenhum dos partidos, porque sei na minha responsabilidade, sei que serei eu o cobrado”, disse emedebista.
Boulos x Nunes
Pesquisa Datafolha divulgada nesta 5ª feira (10.out.2024) mostra que Ricardo Nunes venceria o deputado Guilherme Boulos (Psol) na disputa de 2º turno pela Prefeitura de São Paulo por 55% a 33%. O embate direto entre os 2 foi definido no domingo, 6 de outubro.
Eis os números do cenário estimulado:
- Ricardo Nunes (MDB) – 55%;
- Guilherme Boulos (Psol) – 33%;
- branco/nulos/nenhum – 10%;
- não sabem – 2%.
A pesquisa foi realizada pelo Datafolha de 8 a 9 de outubro de 2024. Foram entrevistadas 1.204 pessoas com 16 anos ou mais em São Paulo (SP). O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº SP-04306/2024.
Segundo Datafolha, o custo do estudo foi de R$ 95.438,14. O valor foi pago pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo.