Mello Araújo diz que Marçal tenta tomar lugar de Bolsonaro

O candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa com Ricardo Nunes (MDB), coronel Mello Araújo (PL), disse que Pablo Marçal (PRTB) tenta se colocar como um líder de direita no Brasil. Segundo ele, a posição, entretanto, seria ocupada só pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O atual prefeito disputa os votos do eleitorado conservador paulistano com o ex-coach.

O Mr. M paga as pessoas virtualmente para atrair público, o único evento que ele tentou montar, uma motociata, foi um fracasso. Ele quer assumir um lugar que não é dele. Só tem um líder de direita no Brasil, que é Bolsonaro”, declarou nesta 3ª feira (3.set.2024), em entrevista ao jornalista Claudio Dantas no YouTube. Nunes também participou da conversa.

Marçal foi assunto recorrente ao longo da entrevista. Perguntado se teria receio de ser vaiado durante a sua participação no 7 de Setembro, Nunes respondeu que quem merece as vaias é “aquele que está muito distante do que defendem os conservadores, que está associado às pessoas do crime organizado”.

As vaias se referiam à declaração do prefeito de não defender o impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes durante o evento, como planeja o organizador Silas Malafaia.

Mello Araújo também não poupou o rival do PRTB. O candidato a vice, que diz ser o representante de Bolsonaro neste pleito, se referiu a Marçal como “ladrão” e “estelionatário”.

Ele disse que Bolsonaro não propôs uma “chapa-pura da direita” à Prefeitura de São Paulo porque sabe que não ganharia na capital. Ainda chamou Nunes de “conservador de centro-direita”.

“O presidente [Bolsonaro] foi esperto. Pensou: vamos pegar uma pessoa de centro que carrega os princípios conservadores e vamos colocar alguém para representar a direita. Isso foi o estudado, o presidente não entrou nisso de graça”, declarou o ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).

QUEM É MELLO ARAÚJO

Ricardo Mello Araújo, de 53 anos, nasceu em São Paulo. Ingressou na Polícia Militar do Estado aos 15 anos, em 1987. Lá, serviu durante 32 anos. Ele é a 3ª geração da família a ingressar nas Forças de Segurança.

O avô, Astholfo Araujo, foi coronel da PM (Polícia Militar). O pai, Carlos Augusto de Mello Araujo, foi comandante. Mello foi comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) de 2017 a 2019.

Antes, foi tenente no batalhão de 20 de janeiro de 2001 a 14 de abril de 2003. Também foi ex-presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de 2020 a janeiro de 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o governo.

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