Gleisi critica piora do Brasil em ranking de corrupção

A presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada do Gleisi Hoffmann (PR), disse que a ONG Transparência Internacional passou dos “limites” em seu relatório anual. O Brasil perdeu 2 pontos no IPC (Índice de Percepção da Corrupção) de 2023 e caiu 10 posições no ranking global divulgado nesta 3ª feira (30.jan.2023), ficando na 104ª posição entre os 180 países listados.

Em uma análise publicada no site da Transparência Internacional, a organização diz que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “avançaram em processos que visam aumentar a legitimidade e independência do poder judiciário através da nomeação de pessoas de confiança”. A ONG classificou como “preocupante” e “polêmica” a decisão do petista de nomear seu ex-advogado Cristiano Zanin para o STF (Supremo Tribunal Federal).

“Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR [Procuradoria Geral da República], revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT”, declarou a presidente da sigla em seu perfil no X (ex-Twitter).

Gleisi questionou se a organização queria que o petista indicasse um “procurador-geral e ministros lavajatistas”.

Ela afirmou que “investigações sérias” revelaram que a ONG foi “cúmplice” do senador e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (União Brasil-PR) e do ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) “na perseguição a Lula e ao PT”. Também acusou os dirigentes da ONG de se tornarem “sócios nas tentativas da dupla de se apropriar de recursos públicos ilegalmente, o que foi felizmente barrado pelo STF”.

“Expliquem antes quem financia vocês, abram suas contas, expliquem os negócios em que se envolveram com Moro e Dallagnol”, criticou Gleisi.

De acordo com a deputada, “poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava Jato quanto a tal Transparência Internacional, que de transparente só tem o nome”.

A organização declarou que em países como Brasil, México e Honduras, “a destituição de juízes e promotores sem mérito por outros ramos do Estado” por meio de “processos opacos e, em alguns casos, ilegais, mina a independência do poder judicial”. Segundo a ONG, tais atitudes promovem “a injustiça e um sistema onde a lei é aplicada de acordo com os interesses do governo governante e da elite”.

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