O ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu (PT) disse neste sábado (23.mar.2024) que os atos do 8 de Janeiro, que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram “uma tentativa de golpe”.
A declaração foi dada durante ato “pró-democracia” em São Paulo convocado por organizações de esquerda. Dentre as pautas das manifestações, realizadas em diversas cidades do Brasil, estavam também relembrar o golpe militar de Estado de 1964, e cobrar o fim do “genocídio na Palestina”.
“Nós temos que relembrar o golpe de 1964 e os 21 anos de ditadura. Até porque no dia 8 de janeiro de 2023 houve uma tentativa de dar um golpe militar, comandada por Jair Bolsonaro”, disse Dirceu em vídeo publicado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) de São Paulo.
Segundo o ex-ministro, é necessário “relembrar aqueles que caíram no tanque da ditadura” e “relembrar os crimes” cometidos naquele período. “Sem democracia, o povo não tem voz e não tem vez”, afirmou.
Assista (1min30s):
ATOS TÊM POUCA ADESÃO
Os atos convocados pela esquerda para este sábado (23.mar.2024) tiveram, em geral, um público esvaziado. Fotos e vídeos nas redes sociais mostram como se deram as mobilizações nas capitais brasileiras.
A manifestação é uma tentativa de responder nas ruas ao ato bolsonarista de 25 de fevereiro na av. Paulista, em São Paulo (SP), que teve de 300 mil a 350 mil pessoas. Os manifestantes do PT foram orientados a não citar Jair Bolsonaro, e foi o que aconteceu. Só que a expressão “Ditadura nunca mais!” é uma referência indireta ao ex-presidente e a seus apoiadores que, no entender da esquerda, tentaram dar um golpe de Estado no final de 2022.
Os eventos convocados para Salvador e São Paulo são considerados os principais. O Poder360 esteve em ambas as cidades para fotografar a movimentação.
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