Diretor da PF entra com representação contra Cid no STF por áudios

O diretor-geral da PF (Polícia Federal), delegado Andrei Rodrigues, disse nesta 6ª feira (22.mar.2024) que os áudios atribuídos ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), são “graves acusações” à corporação.

Andrei confirmou ter protocolado uma representação contra Cid no STF (Supremo Tribunal Federal). “Fomos acusados, e representamos ao STF para que as graves acusações sejam esclarecidas”, disse o diretor-geral da PF ao Poder360.

Mauro Cid será ouvido às 13h nesta 6ª feira (22.mar.2024) pelo juiz de 2ª instância Airton Vieira, que atua no gabinete de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

O áudio foi divulgado pelo site da revista Veja, que não explica como os obteve nem se foram periciados.

Na gravação, Cid afirma que teria sido coagido a delatar Bolsonaro e também critica o ministro Alexandre de Moraes, do STF, dizendo que o magistrado tem poderes absolutos para mandar prender ou soltar alguém quando desejar. Leia aqui a íntegra da transcrição dos áudios.

Ou, se preferir, ouça (1min24s): 

A gravação teria sido feita durante uma conversa entre Cid e um interlocutor em algum momento depois de 11 de março de 2024, quando o tenente-coronel deu um depoimento para a Polícia Federal.

Depois da publicação da reportagem, a defesa de Mauro Cid divulgou uma nota em que diz que o militar “em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade” da PF e da PGR (Procuradoria Geral da República) e classifica os áudios como “clandestinos”. Leia a íntegra da nota da defesa (PDF 106 kB).


Leia mais:

Adicionar aos favoritos o Link permanente.