Destrói a credibilidade do STF, diz Dallagnol sobre áudios de Cid

O ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, Deltan Dallagnol (Novo-PR), afirmou nesta 5ª feira (21.mar.2024) que o tenente-coronel Mauro Cid –que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)– “destruiu a credibilidade” dos trabalhos da PF (Polícia Federal) e do STF (Supremo Tribunal Federal) na investigação que envolve o antigo chefe do Executivo. O comentário foi feito em referência aos áudios atribuídos a Cid divulgados pela revista Veja.

“Como temos denunciado há anos, parece que o verdadeiro pau de arara do século 21 e a verdadeira tortura de presos para obter delações, como disseram os senhores Dias Toffoli e Gilmar Mendes, não estava, como nunca esteve, na Lava Jato. Estava o tempo todo no STF”, declarou Deltan em seu perfil no X (antigo Twitter).

Nos áudios, Cid, que possui acordo de colaboração premiada, disse que teria sido induzido a confirmar informações de outras testemunhas.

 “Eles [os policiais] queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu. Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo”, declarou.

A gravação teria sido feita durante uma conversa entre Cid e um interlocutor em algum momento depois de 11 de março de 2024, quando o tenente-coronel deu um depoimento para a Polícia Federal.

Em outro trecho, ele também faz críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

“O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, concluiu Cid. Para o delator, “a cama está toda armada. Os bagrinhos estão pegando 17 anos. Teoricamente os mais altos vão pegar quantos?”.



OUTRAS REAÇÕES

O conteúdo dos áudios de Mauro Cid também foi criticado por outras personalidades. Os fatos revelados pelo tenente-coronel foram considerados “gravíssimos”.

Leia abaixo outras reações:

  • Anderson Moraes (PL) – deputado estadual do Rio de Janeiro:

  • Gil Diniz (PL) – deputado estadual de São Paulo:

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