O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 3ª feira (27.fev.2024) que o inquérito por suposta importunação a uma baleia no litoral de São Paulo foi impulsionado pela ministra do meio ambiente, Marina Silva, com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele prestou depoimento à PF sobre o caso mais cedo.
Bolsonaro disse que foi bem tratado durante o depoimento realizado na sede da Corporação em São Paulo. Disse que a acusação não partiu da PF, nem do STF (Supremo Tribunal Federal), mas do Ministério do Meio Ambiente. A declaração foi feita em entrevista à Revista Oeste.
Segundo o ex-presidente, o órgão teria provocado o Ministério Público a denunciá-lo. Inicialmente, o caso foi arquivado, mas “Marina recorreu e caiu na mão de outro procurador que resolveu dar prosseguimento a esse fato”. Também confirmou ser ele no vídeo que circulou nas redes sociais mostrando um homem em um jet ski perto do animal.
Durante o seu depoimento, ele negou ter importunado o animal. Segundo a defesa, o processo foi “tranquilo” e “ficou claramente constatado” que não se tratou de um crime.
O caso se deu em fevereiro de 2023, quando o ex-presidente viajou para São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Bolsonaro foi flagrado a menos de 15 metros de uma baleia jubarte. Ele disse não saber da proibição de aproximação do mamífero.
“Você não consegue controlar um animal daquele tamanho que surge e emerge da água, de baixo. O presidente tomou todas as precauções a partir do momento que avistou a baleia. O que a lei determina foi cumprida.”, disse Daniel Tesser, advogado de Bolsonaro.
