O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) disse neste sábado (24.fev.2024) que o ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcado para domingo (25.fev) na avenida Paulista, em São Paulo, será a continuação do 8 de Janeiro. Depois de 8 dias da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023, apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF).
“Investem em um novo golpe, com o apoio de políticos e empresários de extrema direita”, declarou o petista em seu perfil no X (ex-Twitter). Para Lindbergh, o objetivo do ato do ex-presidente é “atacar” o STF (Supremo Tribunal Federal) e as instituições democráticas, exaltar o “mito” (em referência a como os apoiadores chamam Bolsonaro), criticar a Justiça e exigir anistia para os “golpistas”.
O deputado afirmou que os apoiadores de Bolsonaro se apresentam “cinicamente” como patriotas e usam o dinheiro público do Fundo Partidário para promover um “atentado” contra a democracia. “É assim que a serpente do fascismo cresce. Fingindo que não é serpente”, declarou.
Ao convocar a manifestação, o ex-presidente afirmou que o evento tem o objetivo de defender o Estado democrático de direito e a si próprio de “todas as acusações” que têm sofrido nos últimos meses. Bolsonaro é alvo da operação da PF (Polícia Federal) Tempus Veritatis e teve seu passaporte apreendido.
O ato será pago pelo pastor Silas Malafaia. O líder religioso disse que vai utilizar dinheiro próprio para custear os equipamentos utilizados na manifestação em São Paulo –os valores vão de R$ 90.000 a R$ 100 mil.
ATO DE BOLSONARO
O evento deste domingo (25.fev) será em frente ao Masp, na avenida Paulista, em São Paulo. Segundo Fabio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro, são esperadas 700 mil pessoas.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou neste sábado (24.fev) sua participação na manifestação. São esperados outros 3 governadores. O de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), está nos Emirados Árabes, mas antecipou a volta ao Brasil para participar do evento. Além dele, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), disseram que também irão.
A manifestação também deve contar com a presença de ao menos 11 senadores e 92 deputados federais.
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