
A defesa de Silvinei Vasques acusa justiça eleitoral de fraude no relatório sobre o segundo turno, um dia antes do início do julgamento que pode tornar o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), réu por interferência no processo eleitoral de 2022.
Os advogados afirmam que a juíza local Érika Souza Corrêa Oliveira eleitoral no Rio Grande do Norte e um técnico da justiça eleitoral produziram um relatório, considerado pela defesa de Silvinei Vasques, fraudulento.
O objetivo seria sustentar a tese de que Vasques usou a estrutura da PRF para dar vantagem a Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. A acusação contra Vasques é que ele teria dificultado a chegada de eleitores aos locais de votação, em Campo Bom (RN).

Defesa de Silvinei Vasques acusa juíza por relatório considerado fraudulento para prejudicar cliente
Defesa de Silvinei Vasques diz que faltam critérios científicos
A defesa de Vasques afirma ainda que o documento do TRE-RN foi produzido com base em percepções empíricas de mesários, por meio de mensagens trocadas por aplicativo de mensagens instantâneas. Segundo os advogados, não houve critério científico para para análise.
A denúncia diz ainda que uma perícia técnica foi contratada por Silvinei Vasques para averiguar o volume de votantes na região do município de Campo Bom, e, que apesar da acusação de interferência da PRF no pleito, o volume de votantes teria sido maior que no primeiro turno.

Servidores federais serão denunciados pela defesa de Silvinei Vasques por contribuírem com a produção do relatório- Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/ND
A acusação dos advogados confirma ainda que a juíza eleitoral da 31ª Zona, Érica Souza Corrêa Oliveira teria comparecido no local de atuação da PRF e não identificado nenhuma possível irregularidade.
Os advogados de defesa de Silvinei Vasques afirmam que apresentaram representação contra a magistrada e o técnico responsáveis pela elaboração do relatório, que consideram fraudulento.
Também confirmaram que vão apresentar novas representações contra servidores federais da PRF, Procuradoria Geral da República (PGR) e Advocacia Geral da União (AGU).