Sem previsão de alta, cirurgia de Bolsonaro depende de exames

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta sinais de melhora, mas segue sem previsão de alta, de acordo com o boletim médico divulgado neste sábado (12.abr.2025). A equipe médica descartou a necessidade de uma cirurgia de emergência. No entanto, o antigo chefe do Executivo pode passar por um novo procedimento, a depender do resultado dos seus exames e da evolução do quadro de obstrução intestinal. 

Por decisão do próprio Bolsonaro e de sua família, ele será transferido do hospital Rio Grande, em Natal (RN), onde está internado desde 6ª feira (11.abr), para uma unidade em Brasília ainda na tarde deste sábado (12.abr). 

Segundo a equipe médica, até a madrugada, o ex-presidente dizia querer continuar na unidade, mas, depois de conversar com familiares, optou pela transferência para a capital federal para conseguir ser acompanhado pela mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e os filhos. 

Ainda de acordo com o boletim, o Bolsonaro  teve uma noite tranquila e sem intercorrências. Também não houve necessidade de uso de medicamentos para dores. Ele apresenta sinais de melhoras, mas o seu quadro ainda não está resolvido.

SAÚDE DE BOLSONARO 

Bolsonaro desembarcou no Rio Grande do Norte na noite da 5ª feira (10.abr) para a inauguração do Rota 22 na 6ª feira, projeto do partido para ampliar o alcance de pautas da oposição com foco no Nordeste. Entre os temas-chave dos encontros está a anistia aos presos pelo 8 de Janeiro. 

A agenda do ex-presidente previa passagem pelas cidades de Acari, Oiticica e Pau dos Ferros. No entanto, ele começou a sentir fortes dores abdominais ainda em Tangará e a agenda foi suspensa. O desconforto é por consequência da facada que Bolsonaro  sofreu em 2018.

A comitiva então acelerou em direção à Santa Cruz, a 64 quilômetros de Bom Jesus, onde o ex-presidente foi atendido no pronto-socorro do hospital regional da cidade. 

De lá, foi transferido de helicóptero para a capital. Pousou no hospital Walfredo Gurgel e seguiu de ambulância para o Hospital Rio Grande, onde deu entrada por volta das 11h15.

HISTÓRICO

Desde que sofreu o atentado durante um ato de campanha pelas eleições presidenciais de 2018, em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro foi internado várias vezes. Na ocasião, ele foi esfaqueado e teve o intestino perfurado. De lá para cá, o ex-presidente realizou ao menos 8 cirurgias.

Ao todo, 5 procedimentos tiveram relação com o ferimento na barriga. Em julho de 2021, o ex-presidente apresentou soluços persistentes e foi internado depois de ser diagnosticado com suboclusão intestinal.

Oclusão é uma obstrução, quando a alimentação e as secreções não conseguem progredir pelo tubo digestivo. No caso do ex-presidente, o termo “suboclusão” indica que há uma obstrução parcial. A suboclusão é uma oclusão incompleta.


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