O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Netto, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o restabelecimento do contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles estão proibidos de se comunicar desde fevereiro de 2024, ao serem alvos da operação Tempus Veritatis –que investiga suposta tentativa de golpe de Estado para tentar manter Bolsonaro na Presidência da República.
A reunião se deu nesta 3ª feira (11.mar.2025) no gabinete do magistrado. A audiência durou pouco mais de 20 minutos e o presidente da sigla de Bolsonaro saiu sem falar com a imprensa. O encontro também contou com a presença do seu advogado Paulo Bessa. A informação foi anunciada pela GloboNews nesta 3ª feira (11.mar) e confirmada pelo Poder360.
A defesa argumenta que Valdemar Costa Netto ficou de fora da denúncia da Procuradoria Geral da República, que mira o ex-presidente e outras 33 pessoas.
“Conquanto tenha inicialmente figurado como um dos investigados, o requerente foi acertadamente excluído da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, circunstância suficiente para fazer cessar toda e qualquer medida cautelar pessoal ou patrimonial decretada em seu desfavor”, argumenta.
Seus advogados entraram com uma série de pedidos no STF nesta 3ª feira (11.mar) para revogar as medidas cautelares impostas contra ele e a restituição dos bens pessoais apreendidos durante a investigação. Eis a íntegra (PDF – 1.036 kB). Além da proibição de manter contato com outros investigados, o presidente do PL teve o passaporte apreendido, o que o impede de ausentar-se do Brasil.
Os bens alvos do pedido de restituição são:
- R$ 53.730,00;
- um relógio prata da marca Rolex;
- um relógio dourado da marca Audermars Piguet;
- um relógio dourado com pulseiras pretas da marca Bvlgari;
- um caderno de espiral com a capa escrito “icampeones, I hala Madrid!”;
- um celular iPhone 14 ProMax; e
- um celular iPhone 8.
Na operação Tempus Veritatis, Costa Netto foi preso por posse ilegal de armas. Moraes, contudo, determinou a soltura do ex-congressista por causa da sua idade -na época, 74 anos.