O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, comentou pela primeira vez, nesta sexta-feira (21), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ataques contra o sistema eleitoral e envolvimento em uma suposta trama para um golpe de Estado.
Para Andrei, a PGR dá “certeza do caminho correto” das investigações feitas pela Polícia Federal.
“Eu entendo [sobre a denúncia da PGR] o que estávamos há muito comentando: da seriedade da investigação que foi conduzida, do trabalho técnico, imparcial, que foi realizado durante todo esse período de investigação, e que vem agora, em certa medida, corroborado pela denúncia da Procuradoria-Geral da República, que inclusive menciona o trabalho feito pela Polícia Federal”, declarou Andrei.
“Então, isso nos dá, de fato, a certeza do caminho correto, técnico, que a nossa equipe está fazendo. E, agora, o processo segue o seu fluxo normal, com direito à ampla defesa, contraditório, garantia de direitos fundamentais e um julgamento justo, como deve ser sempre”, acrescentou.
Bolsonaro foi denunciado por cinco crimes, incluindo organização criminosa armada e golpe de Estado, na terça-feira (18). Outras 33 pessoas também foram denunciadas.
A defesa de Bolsonaro classificou a denúncia como “inepta” e afirmou que foi baseada em uma “única delação”, se referindo ao acordo firmado pelo ex-ajudante de ordens do presidente, tenente-coronel Mauro Cid, com a PF.
Posse
A declaração de Andrei Rodrigues ocorreu após a posse do novo superintendente da PF no Rio de Janeiro, Fábio Galvão da Silva Rêgo. O evento ocorreu na sede regional da corporação, na zona portuária da capital fluminense.
Nos últimos dois anos, Fábio Galvão atuou na Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça, nas gestões Flávio Dino e Ricardo Lewandowski.
Galvão assume a PF do Rio de Janeiro no lugar do delegado Leandro Almada, que assumiu a Diretoria de Inteligência Policial, na sede da PF em Brasília, no final de 2024.
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