Advogado de Bolsonaro: “Quem quer dar golpe autoriza transmissão de poder?”

O advogado Celso Vilardi, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contestou a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid em entrevista ao programa WW desta quinta-feira (20). Vilardi argumentou que há inconsistências no depoimento e questionou a narrativa apresentada pela acusação.

Segundo o advogado, a ideia de que uma tentativa de golpe estaria em curso desde 2021 não se sustenta do ponto de vista legal. “Falta combinar essa história com o Código Penal. Quer dizer que nós estamos tendo um crime continuado desde 2000, uma tentativa continuada desde 2021”, argumentou Vilardi.

 

 

Questionamentos sobre a cronologia dos eventos

Vilardi também levantou dúvidas sobre a interpretação de eventos anteriores como parte de uma suposta tentativa de golpe. “Nós vamos dizer que, na verdade, as manifestações contra as urnas são um início da tentativa de golpe, quando foi feita em 2020, quando o Bolsonaro era deputado, quando o Congresso votou pelo voto impresso, a Dilma vetou, o Congresso derrubou o veto?”, indagou o advogado.

O defensor de Bolsonaro ressaltou que, apesar das acusações feitas por Mauro Cid, há elementos que contradizem a narrativa de golpe. Vilardi citou que, segundo o próprio Cid, Bolsonaro teria dito estar “rezando para Deus” e “esperando uma prova de fraude nas eleições”.

Ações que contradizem acusação de golpe

Vilardi enfatizou ações de Bolsonaro que, em sua visão, contradizem a acusação de tentativa de golpe. “Uma pessoa que quer dar golpe, colocar as Forças Armadas na rua, autoriza a transmissão de poder para os comandantes que foram nomeados pelo novo governo?”, questionou, referindo-se à posse antecipada dos novos comandantes militares.

O advogado também mencionou uma entrevista recente ao “Roda Viva” do ministro da Defesa, José Múcio, na qual este teria afirmado que os comandantes do Exército não o atendiam para fazer a transição, mas que o fizeram após Bolsonaro intervir e ordenar a transmissão de poder.

Vilardi concluiu afirmando que, embora estes pontos sejam questões de mérito a serem discutidas, ele discorda respeitosamente da narrativa apresentada pela acusação, indicando que a defesa de Bolsonaro se baseará nestes argumentos para contestar as alegações de tentativa de golpe.

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