O dólar comercial fechou em queda de 0,38% nesta 5ª feira (20.fev.2025), aos R$ 5,704. A cotação da moeda norte-americana tem se guiado pelo cenário internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), disse que um acordo comercial com a China é “possível”, o que diminui as tensões.
As tarifas dos EUA contra os países são o principal tema que tem movimentado o mercado financeiro desde a posse de Trump. O presidente dos EUA adotou tarifas de importação de aço e alumínio de outras nações, incluindo o Brasil.
Na 4ª feira (19.fev), Trump disse que aplicará tarifa de 25% sobre automóveis, medicamentos e semicondutores. No radar político está a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), que denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado em 2022. Bolsonaro disse: “Caguei para prisão”.
Na 3ª feira (18.fev), levantamento da Paraná Pesquisas disse que, caso estivesse elegível, Bolsonaro ganharia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno, caso as eleições fossem no período de realização da pesquisa de intenção de voto.
Lula não é bem-avaliado pelos agentes financeiros. O presidente disse em janeiro que, se depender dele, não haverá corte de gastos públicos. Os investidores temem pela sustentabilidade do marco fiscal, que foi sancionado em agosto de 2023 e flexibilizado 7 meses depois, em abril de 2024.
O governo apresentou um pacote de gastos no fim de 2024 e parte das medidas foram aprovadas. Os agentes financeiros avaliam que as propostas foram insuficientes para equilibrar as contas públicas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os cortes de gastos somarão R$ 30 bilhões em 2025 no Orçamento. Outras propostas de corte de despesas foram encaminhadas e estão na lista de 25 prioridades do governo. O calendário legislativo, porém, só deve ganhar tração depois do Carnaval.