O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu neste domingo (11.fev.2024) apoiadores em Mambucaba, vila localizada em Angra dos Reis (RJ). O ex-chefe do Executivo distribuiu autógrafos e posou para fotos.
Vídeo compartilhado pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) mostra apoiadores aglomerados na residência do ex-presidente. No sábado (10.fev), Bolsonaro participou de uma roda de oração no local. Ele foi alvo de operação da PF (Polícia Federal) na 5ª feira (8.fev).
O “cercadinho” era uma estrutura montada na saída do Palácio da Alvorada que Bolsonaro usava para conversas com jornalistas e apoiadores. Porém, foi desmontado no fim de 2022.
Assista:
ALVO DE OPERAÇÃO
Na 5ª feira (8.fev), Bolsonaro e aliados foram alvo da operação Tempus Veritatis da PF, que investiga a tentativa de um golpe de Estado para deslegitimar as eleições de 2022 e manter Bolsonaro na Presidência da República.
Ao todo, 33 pessoas foram alvo de busca e apreensão, 4 de prisão preventiva e outros 48 de medidas alternativas, que incluem proibir o contato entre investigados, entrega de passaportes e suspensão do exercício de funções públicas. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso durante a operação por posse ilegal de arma. Ele permaneceu 3 dias detido até ser solto na noite de sábado (10.fev).
A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Na decisão, ele cita a tentativa de manter Bolsonaro no poder com um golpe de Estado. Eis a íntegra do documento (PDF – 8 MB). Moraes também levantou o sigilo de uma reunião realizada por Bolsonaro com integrantes de seu governo em julho de 2022.
Nela, o então presidente pede endosso aos ataques contra o sistema eleitoral e sugere que ministros do TSE teriam recebido dinheiro para fraudar as eleições. Saiba quem estava presente no encontro e assista aqui ao vídeo completo.
No final de janeiro, Carlos Bolsonaro também foi alvo de operação em Angra dos Reis por ter, supostamente, comandado uma estrutura paralela da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) por meio do chamado “gabinete do ódio” para monitorar ilegalmente autoridades e jornalistas.