Cezar Bittencourt, advogado do ex-ajudante de ordens o tenente-coronel Mauro Cid, disse que foi “erro” da PF (Polícia Federal) não ter perguntando durante a delação sobre o vídeo da reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os ministros em 5 de julho de 2022. A gravação embasou a operação Tempus Veritatis deflagrada na 5ª feira (8.fev).
Bittencourt disse que não foi informado sobre um novo depoimento de Cid para que se explique sobre a suposta omissão de informação do vídeo na delação. “Quem tem que lembrar é quem investiga. Chama-se investigação. Eles investigam. Se alguém errou, falhou, foram eles”, declarou o advogado em entrevista à Folha de S.Paulo.
A gravação de 5 de julho de 2022 foi encontrada no computador de Mauro Cid, segundo a PF. Para a corporação, seria a prova de uma suposta tentativa de organização de golpe de Estado por parte do ex-presidente. A defesa de Bolsonaro nega as acusações.
Entretanto, a defesa do tenente-coronel diz que ele não tinha conhecimento da existência da reunião, nem estava presente na ocasião, fosse para participar do debate, fosse para gravar as falas. O advogado deu essas declarações em entrevista à GloboNews.
A operação foi autorizada por Moraes. Na decisão (íntegra – PDF – 8 MB), o magistrado menciona uma suposta minuta que previa a prisão dele, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Assista à transcrição completa da reunião (1h2min26s)