Haddad deveria pedir aulas a Paulo Guedes, diz Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta 4ª feira (15.jan.2025) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deveria “pedir umas aulas a Paulo Guedes”, ministro da Economia durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O congressista respondeu à crítica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo caso das “rachadinhas”.

Flávio disse que Haddad “não tem a mínima competência” para ser ministro. 

“Se fake news fosse crime, Haddad seria preso em flagrante. Diferentemente do chefe dele, Lula, que já foi condenado em todas as instâncias do Judiciário por roubar dinheiro público dos brasileiros, eu nunca fui sequer denunciado. Sou ficha limpa! Lula faz mais mal à economia do que a própria pandemia, e Haddad não tem a mínima competência para ser ministro em uma crise como esta. Deveria pedir umas aulas ao Paulo Guedes sobre como superar o desastre causado por outro ‘meteoro’, chamado Lula, que atingiu o Brasil em cheio. Se durar até 2027, será demitido por Bolsonaro”, declarou o senador.

Flávio foi denunciado em novembro de 2020 pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e peculato (uso de dinheiro público para fins pessoais). Em maio de 2022, a Justiça do Rio de Janeiro arquivou a denúncia contra o senador. 

CRÍTICA DE HADDAD

Nesta 4ª feira, o governo afirmou que vai revogar a instrução normativa que aumentava a fiscalização sobre transferências acima de R$ 5.000 do Pix de pessoas físicas. 

Durante o anúncio, o ministro da Fazenda disse que não se pode “colocar a perder os instrumentos que o Estado tem para combater o crime”. Citou ainda que a prática foi combatida “porque a autoridade identificou uma movimentação absurda nas contas de Flávio Bolsonaro”. Em maio de 2022, a Justiça do Rio de Janeiro arquivou a denúncia contra o senador. 

GOVERNO RECUA

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, foi quem deu o anúncio do recuo do governo. 

Ele culpou a desinformação e os golpes nos últimos dias para justificar a queda da instrução normativa, uma derrota para o Executivo depois da repercussão negativa da medida.

Barreirinhas afirmou que a medida virou uma “arma” na mão de “criminosos”. E completou: “Infelizmente, essas pessoas sem escrúpulos nenhum visam prejudicar as pessoas mais humildes do país, inclusive abrir margem para crimes serem cometidos em cima dessa mentira. Infelizmente, esse dano é continuado. E por conta dessa continuidade do dano, dessa manipulação desse ato da Receita, eu decidi revogar esse ato”.

Haddad estava ao lado de Barreirinhas durante o anúncio. Ele foi criticado nas redes sociais por ter criado a medida que aumenta a fiscalização.

CASO DAS “RACHADINHAS”

A investigação contra Flávio mirou repasses de salários de servidores do antigo gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) ao ex-assessor Fabrício Queiroz, prática popularmente conhecida como “rachadinha”.

Segundo a denúncia, Flávio seria o líder de uma organização criminosa que desviou R$ 6 milhões dos cofres da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), por meio da contratação de funcionários que repartiam parcial ou integralmente os seus salários com o ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro do esquema.

A investigação do MP-RJ foi aberta em 2018, após relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificar movimentações atípicas de R$ 1,2 milhões nas contas bancárias do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que trabalhava para Flávio na Alerj.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.