O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), consultou a equipe jurídica da Câmara dos Deputados sobre a possibilidade de um processo por abuso de autoridade contra a PF (Polícia Federal). A corporação indiciou os deputados, Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) por falas na tribuna.
O Poder360 apurou que o deputado alagoano procurou a equipe jurídica na última semana, após defender os colegas no plenário da Casa Baixa. Na 4ª feira (27.nov.2024), disse que ambos “não são merecedores” das ações contra eles “nem da Polícia Federal, nem de outros órgãos”. Afirmou que irá aos “últimos limites para responsabilizar qualquer um que abuse de autoridade ou interfira na liberdade parlamentar”.
Van Hattem é investigado por expor uma foto e fazer críticas ao delegado Fábio Schor, que encabeça investigações que miram aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Disse que o policial cria “relatórios fraudulentos” para manter Filipe Martins –ex-assessor do ex-chefe do Executivo– preso.
O congressista foi indiciado por calúnia e difamação. A PF considerou que o congressista agiu com a intenção de constranger, humilhar e ofender o delegado, supostamente por discordar de sua atuação profissional. As acusações foram consideradas “gravíssimas” e, caso sejam infundadas, a responsabilização penal poderá ir além de um simples crime contra a honra.
Na mesma data, Cabo Gilberto Silva chamou Schor de “covarde” e “putinha” do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes –declarações que haviam sido feitas anteriormente pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).