O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta 5ª feira (8.fev.2024) que os compromissos públicos que ele faz com governadores de oposição são uma estratégia para rachar a direita e os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em ato para divulgar ações do governo federal para Minas Gerais, em Belo Horizonte, Lula dividiu o palco com o governador do Estado, Romeu Zema (Novo).
“Lula faz reunião com os governadores bolsonaristas porque o Lula quer dividir, eu não quero dividir nada. Eu não estou fazendo reunião com governador A ou B. Eu estou conversando com governador do Estado que foi eleito pelo mesmo povo que me elegeu, pela mesma urna que me elegeu”, afirmou.
Em 2024, Lula teve atos públicos com os governadores:
- de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos);
- do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL);
- do Paraná, Ratinho Jr. (PSD); e
- Zema.
Todos são de oposição e apoiaram Bolsonaro nas eleições de 2022. O presidente afirmou querer construir uma relação “civilizada” com todos os governadores e prefeitos.
Nesta 5ª feira (8.fev), o presidente disse que para se fazer política é preciso ter experiência e maturidade, coisas que não se aprende na faculdade. Também citou que seu partido, o PT, tem só 70 deputados na Câmara dos Deputados e que, por isso, é preciso conversar com outros partidos.
Lula criticou, entretanto, quem equipara a negociação política com “é dando que se recebe”.
“Eu já convivi com tanta gente adversária, e com tanta gente que não gostava de mim e que eu também não fazia nenhum apreço de gostar, mas o que eu acho é que a gente precisa ter responsabilidade de relacionamento”, disse.
