O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) questionou neste sábado (19.out.2024) se Guilherme Boulos (Psol) havia esquecido de sua participação na depredação do prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em 2016.
A questão foi levantada durante o debate promovido pela Record e o Estadão depois de Boulos ter afirmado que pretende descentralizar as oportunidades de emprego na cidade de São Paulo para moradores das periferias por meio da redução de impostos para as empresas –ISS (Imposto Sobre Serviços) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Nunes questionou se o candidato do Psol “sabe que a Fiesp reúne 130 mil empresas que geram 2,5 milhões de empregos“.
“Eu converso com as empresas para gerar emprego e renda. Na minha gestão, atrai 57 mil empresas porque aqui [na cidade de São Paulo] tem segurança jurídica“, declarou o prefeito.
DEPREDAÇÃO DA FIESP
Em 2016, um grupo de manifestantes atacou o prédio da Fiesp depois de protestar contra o governo do então presidente Michel Temer (MDB). Eles jogaram fogos de artifício, pedras e paus no edifício.
Na ocasião, Boulos, então coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), disse que o objetivo era fazer um ato pacífico, mas que o ataque ao prédio da entidade foi realizado de forma espontânea pelo que a instituição representava para o país –a Fiesp foi uma das principais fiadoras do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Não estava programado, mas foi um gesto de indignação das pessoas. Fiesp representa o que não presta no Brasil“, disse Boulos à época.