O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado como “bom” ou “ótimo” por 36% dos eleitores brasileiros, enquanto 32% consideram ser “ruim” ou “péssimo”. Outros 29% responderam ser regular e 2% não souberam dizer. Os números são de pesquisa Datafolha divulgada nesta 6ª feira (11.out.2024).
A taxa de avaliação do governo petista medida em outubro é parecida com a de Bolsonaro em agosto de 2020, durante a pandemia da covid. No levantamento, realizado de 11 a 12 de agosto daquele ano, 37% responderam que a administração do então chefe do Executivo brasileiro era “boa” ou “ótima”, contra 34% dos que avaliaram como “ruim” ou “péssima”.
A mais recente pesquisa Datafolha foi realizada de 7 a 8 de outubro de 2024. Foram entrevistadas 2.029 pessoas com 16 anos ou mais em 113 cidades do Brasil. A margem de erro é de 2 p.p (pontos percentuais), dentro do nível de confiança de 95%.
As taxas oscilaram dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, em relação ao levantamento anterior, realizado em agosto de 2024.
ADVERTÊNCIA
As empresas de pesquisas não usam necessariamente os mesmos enunciados das perguntas nem as mesmas opções de respostas quando avaliam o desempenho dos governos e dos governantes.
É impreciso afirmar que o eleitor aprova ou desaprova o trabalho de um governante ou da administração pública se a questão dá como opções de respostas estas 6 opções: “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim”, “péssimo” ou “não sabe ou não respondeu”.
É comum entender que a soma das respostas “ótimo” e “bom” seria sinônimo de “aprova o governo”. E que a soma de respostas “ruim” e “péssimo” seria equivalente a “desaprovação do governo”. Esse entendimento está incorreto porque desconsidera a parcela dos eleitores que respondeu “regular”. Os entrevistados que escolhem a categoria “regular” podem tanto aprovar como desaprovar a administração ou o governante.
As opções de respostas citadas acima (“ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” ou “péssimo”) são uma idiossincrasia em pesquisas brasileiras. No país onde mais se faz estudos de opinião pública no planeta, os Estados Unidos, o mais comum é a pergunta ser sempre direta e binária, com apenas duas opções de resposta: aprova ou desaprova.
O PoderData, empresa de pesquisas do Grupo Poder360, faz uma pergunta direta sobre o governo federal em suas pesquisas, indagando se o eleitor aprova ou desaprova. No caso da avaliação do trabalho pessoal do presidente da República, questiona-se se o entrevistado considera que é “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” ou “péssimo”.
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