Impasse sobre emendas atrasou sucessão de Lira, diz deputado

O líder da Maioria na Câmara, deputado André Figueiredo (PDT-CE), disse nesta 3ª feira (3.set.2024) que o imbróglio sobre as emendas entre Executivo e Legislativo atrasaram o anúncio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre qual candidato vai apoiar para sucedê-lo em 2025. 

“Era previsto [a indicação de Lira] em agosto, mas acompanhamos toda essa celeuma que se criou em termos da questão orçamentária, de emendas bloqueadas, emendas liberadas. Então isso realmente atrapalhou o prazo”, declarou. Figueiredo destacou que o anúncio oficial de Lira pode ser ainda nesta semana, mas também pode ser adiada e ficar só para 15 de setembro.

O STF (Supremo Tribunal Federal) deu prazo para o envio de uma proposta para as emendas construída entre Legislativo e Executivo até 2ª feira (9.set), e a expectativa de alguns congressistas é de que a oficialização do candidato seja feita depois deste prazo para dar força ao nome anunciado. 

Mesmo sem pauta na Câmara durante a semana, Lira chamou os líderes que estavam em Brasília para uma reunião na sua residência oficial. O deputado alagoano pretende fazer novas reuniões ao longo dos próximos dias, inclusive com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Entre os 3 candidatos na disputa, só Elmar Nascimento (União Brasil-BA) compareceu. O congressista é o líder do maior bloco da Casa Baixa e o favorito de Lira, mas enfrenta resistência de alguns deputados, que o consideram ríspido no trato do dia a dia. 

Os outros 2 candidatos, Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), sinalizaram que não vão desistir e podem, inclusive, se aliar em uma chapa conjunta, em eventual apoio de Lira a Elmar. 

Segundo Figueiredo, o próprio Elmar afirmou que abriria mão da candidatura, caso fosse necessário para manter a Câmara unida e evitar uma fragmentação entre os líderes. 

“Ele já disse que sim, já disse para os outros 2 que caso haja uma conjunção de forças que possibilite um outro candidato ser o escolhido, ele não terá o menor problema em abrir mão disso. Hoje, ele é o favorito, conseguiu construir o maior número de apoios partidários”, disse o líder da Maioria. 

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