Lula se reuniu com Pacheco antes de almoço no STF sobre emendas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na manhã desta 3ª feira (20.ago.2024) para um café da manhã no Palácio da Alvorada. Na pauta do encontro estavam o imbróglio das emendas de congressistas que foram suspensas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e a provável indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central nos próximos dias.

O café foi realizado poucas horas antes do almoço organizado pelo presidente do STF, Roberto Barroso, com a cúpula do Executivo e do Legislativo para discutir a questão das emendas. O encontro começou por volta do meio-dia e até a publicação desta reportagem não havia acabado.

O governo federal foi representado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Participam, além de Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o advogado-geral da União, Jorge Messias, e todos os outros ministros do STF.

A expectativa é que o Planalto exponha as preocupações com as decisões que barraram o pagamento de emendas a congressistas e sugira alternativas para um novo modelo para os repasses, seguindo a determinação do ministro da Corte Flávio Dino de dar mais transparência aos recursos.

Lula se reuniu com Lira na noite de 2ª feira (19.ago) para também discutir uma solução para o pagamento de emendas.

Banco Central

De acordo com integrantes da cúpula do governo, Lula deve formalizar a indicação do diretor de Política Monetária Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central até o fim de agosto. O governante já havia sinalizado que gostaria de conversar sobre o tema com Pacheco, já que o indicado terá de passar por sabatina no Senado.

O timing da decisão é visto como uma forma de esvaziar o fim do mandato do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Desde o início de seu governo, em 2023, Lula faz críticas ao presidente do BC por 2 motivos principais: ter sido escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por manter a taxa de juros em níveis considerados altos pelo petista. Atualmente, está em 10,5%. O mandato do presidente do BC acaba no fim do ano.

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