O Santander protocolou um novo pedido na Justiça nesta 2ª feira (19.ago.2024) para que a Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos Arbitrais de Brasília investigue os bens de Jair Renan Bolsonaro para confiscar os bens do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e quitar uma dívida de R$ 360.000.
O novo pedido do banco se deu depois de o 4º filho do ex-presidente divulgar a lista de bens declarados à Justiça Eleitoral para lançar a candidatura ao cargo de vereador em Balneário Camboriú (SC). Os bens somam um total de R$ 46.069,79.
A solicitação do banco é uma nova tentativa de obter o pagamento da dívida. Em maio, o Santander já havia ingressado com o mesmo pedido, mas a notificação não foi entregue a Renan, por causa de sua ausência.
Procurada pelo Poder360, a defesa de Renan Bolsonaro disse, em nota, que “não pretende passar nenhuma informação sobre o tema”.
ENTENDA O CASO
Segundo o processo judicial, o mandado de citação não foi recebido por Renan em 3 outras ocasiões: em 6 de março, em 2 de abril, e em 16 de maio.
O mandado foi inicialmente direcionado ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, sede da RB Eventos e Mídia, empresa de Renan, que foi baixada junto à Receita Federal em agosto de 2023.
Em junho de 2024, ao Poder360, a defesa afirmou que “Jair Renan está sofrendo as consequências após ser vítima de um estelionatário conhecido pela polícia e pela Justiça”.
“O banco vai atrás da dívida, sem se importar a razão. Tudo será esclarecido a tempo e modo”, afirmou.
A RB Eventos e Mídia também foi citada no processo, mas o Santander desistiu de incluir a empresa na ação, cujo principal ramo de atuação era a organização de feiras, congressos, exposições e festas.
Renan Bolsonaro também responde à ação na 5ª Vara Criminal, onde é acusado de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, e uso de documento falso. É suspeito de ter usado uma declaração de faturamento com informações falsas de sua empresa para obter o empréstimo que não foi pago.
A suspeita recai sobre uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da RB Eventos e Mídia, de acordo com um inquérito da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal).