“Não tenho que prestar contas a banqueiro, mas ao povo”, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a toada de críticas ao mercado financeiro nesta 2ª feira (1º.jul.2024) ao dizer que não tem que prestar contas a “nenhum ricaço ou banqueiro do país”, mas sim “ao povo pobre e trabalhador do país”.

Sem citar nomes, o chefe do Executivo também chamou de “canalhas” os integrantes dos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) por terem, de acordo com ele, destruído as políticas sociais dos governos anteriores ao PT.

“Quando eu viajo para encontrar com vocês, quando eu vejo a cara de vocês, quando vejo a alegria de vocês, quando vejo a raiva de vocês, às vezes, eu falo: ‘Graças a Deus, enxerguei o meu povo, compreendo ele e é para ele que eu tenho que fazer as coisas nesse país’. Eu não tenho que prestar contas a nenhum ricaço desse país. Eu não tenho que prestar contas a nenhum banqueiro desse país. Eu tenho que prestar contas ao povo pobre e trabalhador desse país”, disse em discurso em Salvador (BA).

Assista ao trecho (1min9s):

 

Lula participou de ato público em que anunciou recursos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a Bahia.

O real continuou a se desvalorizar em julho em relação às moedas de países considerados desenvolvidos. O dólar subiu 1,15% a R$ 5,65 nesta 2ª feira (1º.jul.2024), o maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando estava a R$ 5,67. Já o euro encerrou o dia a R$ 6,07, com alta de 1,43%. Foi o maior valor para a moeda europeia desde 26 de janeiro de 2022 (R$ 6,12).

A desvalorização do real é potencializada por declarações de Lula nas últimas semanas. O petista afirmou que o próximo presidente do BC (Banco Central) olhará para o Brasil do jeito que é e não do jeito que o mercado financeiro fala. Também declarou que não irá cortar gastos mexendo em programas ou benefícios sociais.

Durante o evento, Lula afirmou que muitas das obras iniciadas em seus 2 primeiros mandatos e nos 2 da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ficaram paradas nos governos posteriores. “Esses canalhas pararam as obras”, disse. Afirmou que a época do “plantio” no seu governo já passou e que agora é “época da colheita”.

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