Defesa diz que ex-assessor de Bolsonaro sofre perseguição de Moraes

Os advogados de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declararam que seu cliente sofre perseguição do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A afirmação foi escrita no pedido de habeas corpus encaminhado na 6ª feira (21.jun.2024) ao presidente da Corte, Roberto Barroso. Leia a íntegra (PDF – 10 MB).

Martins está preso por determinação de Moraes desde 8 de fevereiro de 2024. A prisão foi autorizada sob o argumento da PF (Polícia Federal) de que Martins estaria foragido e havia risco de ele fugir do país. Ele é investigado na operação Tempus Veritatis, que apura um grupo suspeito de organizar um plano de golpe de Estado para manter Bolsonaro na Presidência.

A prisão de Martins foi baseada em uma suspeita de tentativa de fugir do país em dezembro de 2022, quando estava na Flórida. A defesa do ex-assessor contesta essa viagem, dizendo que jamais foi realizada, e apresentou como prova bilhetes aéreos, recibos de Uber e gastos em lanchonetes ocorridos no Brasil no suposto período em que ele estaria em território norte-americano.

[Martins] está a sofrer coação ilegal do Ministro do Supremo Tribunal Federal Relator da PET 12.100 [Moraes], que o mantém preso, mesmo após esgotado e esvaziado o pouco e frágil motivo que justificou a prisão, por quase 5 meses, ainda que verificáveis todos os vícios e teratologias graves apresentados neste remédio”, declarararam os advogados.

Como mostrou o Poder360, o DHS (Departamento de Segurança Interna dos EUA) atualizou o registro da última entrada do ex-assessor de Bolsonaro (PL) no país para 18 de setembro de 2022. A atualização contraria em parte as informações usadas pela PF para prender Martins.

Os investigadores da PF dizem ter outros elementos que comprovam que Filipe Martins entrou no país.


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