Agenda da Semana: Copom decide juros e STF julga caso Marielle

O jornal digital Poder360 traz nesta 2ª feira (17.jun.2024) uma seleção dos assuntos que devem marcar a agenda do poder e da política nesta semana.

Assista (3min38s):

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As dificuldades do governo em apaziguar os ânimos na economia, no Congresso e na sociedade continuarão na semana que se inicia. Há uma má notícia inevitável: a interrupção da queda da Selic, a taxa básica de juros do Banco Central, na 4ª feira (19.jun.2024). 

Será mais um item negativo para o governo depois da devolução da MP da compensação, que dificultava o uso de créditos tributários, aumentando o pagamento de impostos de muitas empresas. Era para compensar a desoneração de 17 setores da economia e de prefeituras de cidades com até 156,2 mil habitantes. 

A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) começará na 3ª (18.jun.2024) e terminará na 4ª (19.jun.2024), no fim do dia. É praticamente consensual entre analistas de mercado que haverá manutenção da Selic em 10,5% ao ano. 

Tende a ser uma decisão unânime, ou próxima disso, entre os diretores da autoridade monetária. O motivo é a grande preocupação com o excesso de gastos do governo, que pressiona a inflação.

Na reunião mais recente do Copom, em maio, houve divisão entre os diretores: 4 votaram por redução de 0,5 ponto percentual e 5 por 0,25 ponto.   

O diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, foi um dos que votou pelo corte maior em maio. Mas na 4ª feira (15.mai.2024) ele elogiou a redução de 0,25 ponto percentual. Galípolo, escolhido por Lula, possivelmente será indicado pelo governo para presidir o Banco Central com a saída de Campos Neto do cargo, no final deste ano. 

A declaração de Galípolo, alinhado ao governo, é uma indicação de que o BC interromperá os cortes na Selic na semana que se inicia. A redução começou em agosto de 2023, quando estava em 13,75%.

E o Ministério da Fazenda receberá propostas de congressistas na semana que se inicia para compensar os R$ 26 bilhões de perda de receita que estima ter com a desoneração. Não há prazo para analisar e se pronunciar sobre as propostas. 

Por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), se não for estabelecida a compensação, a desoneração será suspensa. Lula disse que caberá ao Congresso decidir o que será feito. Mas obviamente a falta de uma solução cairá na conta do governo.

Lula começa nesta 2ª feira com mais uma reunião de coordenação com os líderes no Congresso e ministros mais relevantes. Será o 3º encontro desse tipo em uma 2ª feira. O encontro foi instituído para tentar melhorar a negociação com o Congresso. Não adiantou nada até agora.

E a 1ª Turma do STF decidirá na 3ª feira (18.jun.2024) se aceita a denúncia do Ministério Público e torna os irmãos Brazão réus pela acusação de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. 

Há expectativa de que seja escolhido na semana que se inicia o candidato a vice na chapa do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição em outubro. Bolsonaro defende a indicação do ex-policial Ricardo Mello Araújo.

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