Um Tribunal do Júri de Curitiba condenou nesta 5ª feira (13.fev.2025) o ex-policial penal Jorge Guaranho a 20 anos de prisão pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, em um crime ocorrido em julho de 2o22, em Foz do Iguaçu.
Bolsonarista, Guaranho atirou na vítima quando ela comemorava 50 anos de idade com amigos e família numa festa decorada com símbolos e cores do PT e imagens do então candidato do partido à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.
O crime expôs um problema crescente do país. Naqueles meses até a votação de outubro, houve pelo menos um caso de violência política a cada 2 dias, segundo dados coletados pela Anistia Internacional.
Uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada em 15 de setembro de 2022 revelou que 70% dos entrevistados disseram ter medo de sofrer agressões físicas por causa de suas opiniões políticas.
Guaranho estava em prisão domiciliar desde setembro de 2024. Com a decisão dos 7 jurados, ele vai agora para o regime fechado. A defesa do ex-policial penal ainda pode recorrer da condenação.
Ao depor na 4ª feira (12.fev), Guaranho disse que foi até a festa do militante petista e ligou o som com músicas de apoio a Jair Bolsonaro, presidente que tentava a reeleição pelo PL, por “brincadeira”. A provocação acabou em discussão e no assassinato de Arruda.