O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (15.mai.2024) que os “vândalos que não fazem política” serão “banidos” da política brasileira um dia. Em sua declaração, o petista não citou nomes, mas fez referências àqueles que divulgaram informações falsas sobre a tragédia no Rio Grande do Sul.
“Apesar da nojeira das fake news, apesar da nojeira do comportamento de uns vândalos que não fazem política, que não discutem política, que não querem argumento, só querem destratar a vida dos outros, ofender as pessoas, achincalhar as pessoas. Esse tipo de gente, eu tenho certeza que depois desses milhões de voluntários no Brasil inteiro, esse tipo de gente, mais dia menos dia, vão ser banidos da política brasileira, não serão mais pessoas levadas em conta”, declarou Lula no município gaúcho de São Leopoldo, durante anúncio do governo de pacote de medidas para ajudar os cidadãos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Sem citar o seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula falou na “diferença” do país que ele herdou para o país que ele devolverá ao final do seu mandato. Para o petista, um dos fatores que mostram a diferença é o comportamento dos voluntários no Estado.
Lula respondeu a uma fala do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Roberto Barroso, que disse ser “impossível não sentir repulsa” acerca das fake news sobre a tragédia.
GOVERNO CONTRA FAKE NEWS
Segundo o ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, Lula tem ficado “indignado” com a quantidade de informações falsas sobre a situação no Rio Grande do Sul.
O governo federal pediu ao Ministério da Justiça a identificação e investigação das pessoas que estão divulgando informações falsas sobre a crise no Rio Grande do Sul. De acordo com o ofício, as fake news podem diminuir a confiança da população na capacidade de resposta do governo, o que prejudica os esforços para evacuação e resgate das pessoas atingidas.
A Secom pediu para que o ministério apurasse “eventuais crimes” relacionados a notícias falsas. O ofício lista uma série de publicações feitas nas redes sociais.
No entanto, apesar das alegações do governo de que as supostas “narrativas” presentes nos posts poderiam afetar a“credibilidade” das instituições, especialistas dizem que, em grande parte, as postagens citadas não podem ser classificadas como fake news e, portanto, não deveriam ser consideradas um conteúdo criminoso.