Depois de dizer que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria de centro-direita, o ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), José Dirceu, voltou atrás nesta 2ª feira (22.abr.2024) e declarou considerar o governo de centro-esquerda.
Durante um dos painéis do seminário do grupo Esfera Brasil, ao ser questionado sobre a polarização vista no Brasil, o petista disse que a base do governo é de centro-direita e que isso seria uma “exigência” do momento “histórico e político” do país. Após o evento, no entanto, o petista voltou atrás através de um comunicado à imprensa.
Assista (58s):
Em nota, Dirceu disse que o governo Lula se pauta pelo “diálogo” com diversas frentes políticas e que isso se reflete “com o ingresso de partidos como PP e Republicanos” nas bases da gestão petista.
“A ideia de um governo de centro-esquerda, apoiado por forças de direita para consolidar uma maioria no Congresso e conquistar uma base social mais ampla, já foi externada inclusive em entrevistas do ex-ministro à imprensa”.
Durante o painel, o ex-deputado federal também declarou que o Brasil está “radicalizado” por causa “do discurso que foi feito ontem no Rio de Janeiro”, se referindo ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“É um fundamentalismo religioso com ataque à democracia. E ainda chamando o apoio da direita internacional e da direita norte-americana”, disse no evento.
Leia a íntegra da nota:
“A assessoria de imprensa do ex-ministro José Dirceu (PT) esclarece que ele avalia o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “um governo de centro-esquerda, apoiado por partidos de direita”, e não um governo de centro-direita, como acabou afirmando durante o Seminário Brasil Hoje, promovido pela Esfera Brasil.
Sua fala se deu no contexto de análise da atual polarização política, reforçando a ideia de que o governo se pauta pelo diálogo, com o ingresso de partidos como PP e Republicanos – “uma exigência do momento histórico em que vivemos”.
“A ideia de um governo de centro-esquerda, apoiado por forças de direita para consolidar uma maioria no Congresso e conquistar uma base social mais ampla, já foi externada inclusive em entrevistas do ex-ministro à imprensa”.