Musk diz que dará internet para escolas se Lula romper com Starlink

O dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, disse que irá fornecer internet grátis a todas as escolas do Brasil caso o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quebre os contratos com a Starlink, empresa de internet por satélite do bilionário.

A declaração se deu nesta 2ª feira (8.abr.2024) em seu perfil oficial na rede social, depois de o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, ter dito que o governo poderia reavaliar os contratos que possui com a empresa, segundo a agência de notícias Reuters.

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“A Starlink vai fornecer internet grátis para as escolas no Brasil se o governo não honrar com o seu contrato”, escreveu Musk em publicação em seu perfil no X

Mais cedo, a Starlink anunciou uma oferta de desconto em pacotes de internet para clientes do Brasil. O valor do kit da empresa foi reduzido pela metade. A mensalidade, sem impostos, será de R$ 184 até 30 de abril.

O anúncio se deu enquanto aumenta a tensão entre Musk e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O empresário desafiou descumprir bloqueio de contas investigadas na plataforma. Em resposta, o magistrado determinou a inclusão do dono do X como investigado no inquérito das milícias digitais.

Segundo levantamento realizado pela BBC News Brasil, a Starlink lidera na internet por satélite no Brasil, em especial em regiões mais isoladas, como nos Estados da Amazônia Legal. Até julho do ano passado, 90% das cidades da região usavam provedores de banda larga fixa por satélite da empresa de Musk.

A parceria com a Starlink foi firmada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a empresa levasse internet para 19.000 escolas de áreas rurais no Brasil. O acordo também tratava sobre o monitoramento do desmatamento e dos incêndios ilegais na Amazônia.

Jornais divulgaram na tarde desta 2ª feira (8.abr.2024) que o governo estaria reavaliando o contrato com a Starlink. O Poder360 procurou a Secom para confirmar a informação, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

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