PGR envia ao STF manifestação sobre Bolsonaro na Embaixada da Hungria

A PGR (Procuradoria Geral da República) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma manifestação sobre a estada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Embaixada da Hungria em Brasília.

De acordo com a PGR, o documento foi enviado na noite de 5ª feira (4.abr.2024) à Corte e não será divulgado já que está em segredo de Justiça.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deu 5 dias para a procuradoria opinar sobre as explicações de Bolsonaro para o episódio.

Em 25 de março, o jornal The New York Times publicou que o ex-presidente permaneceu do dia 12 a 14 de fevereiro deste ano hospedado na embaixada húngara.

Dias antes, em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes depois de sofrer uma busca e apreensão durante a operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado depois do resultado das eleições de 2022.

Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras. Dessa forma, Bolsonaro estaria imune ao eventual cumprimento de um mandado de prisão.

Na semana passada, a defesa de Bolsonaro disse que é “ilógico” considerar que o ex-presidente pediria asilo político para a embaixada. Segundo a defesa, Bolsonaro não tinha preocupação com eventual prisão.

Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital do país, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam constantes elogios públicos.

HOSPEDAGEM

A publicação norte-americana analisou as imagens das câmeras de segurança do local e imagens de satélite, que mostram que Bolsonaro chegou no dia 12 de fevereiro à tarde e saiu na tarde do dia 14 de fevereiro.

As imagens mostram que a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. Segundo o jornal, os funcionários estavam de férias e a estada de Bolsonaro se deu durante o feriado de Carnaval.

Conforme a reportagem, no dia 14 de fevereiro, os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, dando a orientação para que ficassem em casa pelo resto da semana.

Assista ao vídeo que mostra Bolsonaro na embaixada húngara (59s):


Com informações da Agência Brasil.

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