Pesquisa PoderData realizada de 23 a 25 de março de 2024 mostra que mais eleitores dizem hoje conhecer a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, 57 anos: eram 74% em setembro de 2023 e agora são 81%. Mas as taxas dos que aprovam ou desaprovam como ela atua ficaram estáveis em relação ao que o PoderData havia registrado há 6 meses, com pequenas flutuações dentro da margem de erro da pesquisa.
Entre quem diz conhecer Janja, 20% avaliam que é “boa para o Brasil” a atuação da primeira-dama no governo de seu marido, Luiz Inácio Lula da Silva, 78 anos. A taxa oscilou 2 pontos percentuais para baixo desde setembro de 2023.
Nesse mesmo estrato dos que dizem conhecer Janja, 27% consideram que seu desempenho é “ruim” para o país –um recuo de 1 ponto percentual no período.
Já para a maior parte dos entrevistados (42%), a atuação de Janja “não afeta o Brasil” –oscilou 1 ponto percentual para cima desde setembro. Outros 11% não souberam responder.
Desde o início do 3º mandato de Lula, a primeira-dama tem sido criticada de maneira velada por integrantes do governo por sua influência nas ações da administração do marido. Apesar disso, sua avaliação não é predominantemente positiva nem negativa.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 23 a 25 de março de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 202 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
ESTRATIFICAÇÃO
A avaliação de Janja oscila pouco por recorte demográfico. Mesmo dentre as mulheres, grupo exaltado pela primeira-dama ao falar com frequência sobre a relevância da igualdade de gênero, as taxas são semelhantes ao eleitorado geral.
A pior avaliação à atuação de Janja (32%) é entre evangélicos. A melhor (27%), entre jovens de 16 a 24 anos. Eis a avaliação da participação de Janja no governo por sexo, idade, região, escolaridade, renda e religião:
CRUZAMENTO: VOTO EM 2022
Tanto eleitores de Lula (43%) quanto de Bolsonaro (40%) em 2022 declaram ser indiferente a atuação de Janja no governo. No grupo que diz ter votado no petista, as avaliações positiva (23%) e negativa (22%) empatam na margem de erro da pesquisa (2 p.p.).
Só que 31% dos bolsonaristas reprovam a atuação de Jajna, contra apenas 22% dos lulistas (uma taxa negativa não desprezível entre simpatizantes do presidente).
CONHECIMENTO SOBRE JANJA
Janja é conhecida por 81% dos eleitores. O dado é a soma dos entrevistados que declararam “conhecer bem” (45%) e “de ouvir falar” (36%) a primeira-dama. Outros 19% disseram não conhecer a mulher de Lula.
A taxa de conhecimento de Janja cresceu desde setembro de 2023 –última vez que o PoderData questionou os entrevistados sobre o tema. Eis a evolução dos percentuais:
Agora, com 15 meses no Planalto, a taxa de conhecimento de Janja é praticamente a mesma da que tinha a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em setembro de 2022 –depois de quase 4 anos no Executivo. À época, 82% diziam conhecer a mulher de Bolsonaro, só 1 ponto percentual a mais do que tem hoje a mulher de Lula.
Eis as taxas de conhecimento sobre a primeira-dama brasileira por recortes demográficos (sexo, idade, região, escolaridade, renda familiar e religião):
POR QUE ISSO IMPORTA
Porque Janja tem uma atuação cada vez mais intensa no governo e nas relações pessoais e institucionais do presidente Lula. Este Poder360 mostrou que é ela a responsável por atender as ligações recebidas pelo presidente quando ele está no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República, no período noturno e nos fins de semana. O filtro é um indicativo da extensão da influência da primeira-dama.
Tem cumprido o que prometeu ainda durante a campanha de 2022, e repetiu na posse de Lula, de não ser “a mulher que vai ficar em casa”. Nesse sentido, faz viagens com e sem Lula para participar de eventos e conferências internacionais.
Os dados do PoderData indicam que, apesar da extensa agenda de Janja no governo, a maior parte dos brasileiros tem uma sensação de indiferença em relação ao trabalho desempenhado por ela.
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METODOLOGIA
A pesquisa PoderData foi realizada de 23 a 25 de março de 2024. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 202 municípios nas 27 unidades da Federação. Foi aplicada uma ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade, grau de instrução, região e renda. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
As entrevistas foram realizadas por telefone (para linhas fixas e de celulares), por meio do sistema URA (Unidade de Resposta Audível), em que o entrevistado ouve perguntas gravadas e responde por meio do teclado do aparelho. O intervalo de confiança do estudo é de 95%.
Para facilitar a leitura, os resultados da pesquisa foram arredondados. Por causa desse processo, é possível que o somatório de algum dos resultados seja diferente de 100. Diferenças entre as frequências totais e os percentuais em tabelas de cruzamento de variáveis podem aparecer por conta de ocorrências de não resposta. Este estudo foi realizado com recursos próprios do PoderData, empresa de pesquisas que faz parte do grupo de mídia Poder360 Jornalismo.