O advogado e ex-secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, rebateu Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e Orçamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste domingo (31.mar.2024). O aliado do ex-presidente criticou a fala de Tebet em que ela nega a possibilidade de dividir palanque com Bolsonaro para apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB).
“Como uma ‘sem votos’ atrapalha uma eleição ganha. Sequer é de SP. Não ajuda em NADA. Quer o Boulos?”, escreveu em uma publicação no X (ex-Twitter). Guilherme Boulos (Psol) é o principal adversário de Nunes na disputa pela prefeitura.
Em entrevista à CNN, transmitida na noite de sábado (30.mar), a ministra de Lula disse não ter problemas em apoiar o seu companheiro de partido, mas não está disposta a estar no mesmo lugar que o ex-presidente: “Bolsonaro não estando [no palanque de Nunes], a gente pode ir em dias diferentes, sem nenhum problema”.
“Até agora, o Ricardo Nunes não me deu ainda nenhum motivo para não apoiá-lo. Obviamente, nós vamos ver qual é a plataforma de governo dele, se ele vai continuar defendendo a democracia e os valores dos quais eu comungo”, declarou Tebet. A ministra disse ver Nunes como “uma pessoa democrática”.
Ricardo Nunes é pré-candidato a prefeito de São Paulo. Em janeiro, o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou que o prefeito terá apoio do seu grupo político e de Jair Bolsonaro. O ex-presidente deve ter papel decisório na escolha do vice que comporá a chapa do emedebista.
O atual prefeito tem ampla vantagem no pleito, segundo pesquisas eleitorais mais recentes. De acordo com o levantamento do Paraná Pesquisas divulgado em 19 de março, Nunes ganharia de Boulos no 2º turno das eleições com 46% da intenção de votos. O psolista teria 39,1%.