O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de 5 dias para a PGR (Procuradoria Geral da República) se manifestar sobre os esclarecimentos prestados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da embaixada da Hungria. Depois de receber o parecer da procuradoria, o ministro analisará o caso.
Mais cedo, a defesa de Bolsonaro afirmou que seria “ilógico” sugerir que o ex-presidente pediria asilo político durante o período em que ficou hospedado na embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro.
A explicação foi enviada ao Supremo depois de Moraes dar prazo de 48 horas para Bolsonaro explicar a estadia.
Na 2ª feira (25.mar), o jornal The New York Times publicou que o ex-presidente permaneceu de 12 a 14 de fevereiro deste ano hospedado na embaixada.
Dias antes, em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes depois de sofrer busca e apreensão durante a operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no país depois do resultado das eleições de 2022.
Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras. Dessa forma, Bolsonaro estaria imune ao eventual cumprimento de um mandado de prisão.
O ex-chefe do Executivo é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam constantes elogios públicos.
Com informações da Agência Brasil.