O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta 4ª feira (31.jul.2024) a Lei 1.818 de 2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. A cerimônia foi realizada em Corumbá (MS). Esta foi a 2ª vez que o chefe do Executivo visitou o Estado, onde o seu eleitorado é enfraquecido e influenciado pelo agronegócio.
“Essa lei que assinamos aqui vai ser um marco no combate aos incêndios no país. Primeiro porque estamos reconhecendo o trabalho extraordinário que vocês [brigadistas] fazem, 2º porque é um projeto que vocês fizeram, e 3º porque vamos sediar a COP30 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025]”, declarou.
O petista disse estar emocionado com o trabalho dos brigadistas nas áreas atingidas pelo fogo no Pantanal. Estava vestido com um traje da categoria.
“Do nosso gabinete a gente não tem noção do que é um brigadista. E eu tive o prazer hoje de ver um brigadista em carne em osso, um cidadão igual a mim, com a missão de apagar o fogo que a natureza trouxe ou que o homem colocou. Por isso hoje é um dia inesquecível para mim”, disse.
Em junho, o bioma registrou o maior número de focos de incêndio desde 1998, quando o índice começou a ser contabilizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Até 21 de junho, foram 489 alertas de fogo.
Mais cedo, o presidente sobrevoou as áreas atingidas no bioma. Assista (em 2min18s):
Lula aproveitou para dar um aceno ao eleitorado do Centro-Oeste –onde foi, majoritariamente, derrotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022– e disse que tem uma relação “de coração” com o Mato Grosso do Sul.
“Tenho uma relação, eu diria, de coração com esse Estado. E por causa da grandiosidade do significado do Pantanal. Um país que tem um território como o Pantanal e não cuida disso, esse país não merece o Pantanal. É um patrimônio da humanidade, pela quantidade de coisas que têm aqui”, declarou.