Indiciado pela PF recebe mais de R$ 10.000 por mês do governo

Um dos 17 indiciados pela PF (Polícia Federal) por fraude em cartões de vacina envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Sérgio Rocha Cordeiro recebe atualmente um salário que varia de R$ 10.000 a R$ 19.000 mensais do governo federal. Ele ocupa um cargo de assessor especial de ex-presidente da República. As informações constam no Portal da Transparência.

Cordeiro foi preso em 2023 por, segundo a PF, ter participado da inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Viajou aos Estados Unidos com Bolsonaro em 30 de dezembro de 2022.

Eis abaixo a ficha de remuneração de Sérgio Rocha Cordeiro:

  • em janeiro de 2024, quando recebeu R$ 10.991

  • em novembro de 2023, quando recebeu R$ 19.212:

Em seu perfil no LinkedIn, Sérgio Rocha Cordeiro, que é militar aposentado, apresenta-se como “Assessor Especial do Presidente da República”.

Segundo documento da PF, ele foi nomeado para o cargo de assessor especial de ex-presidente da República, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2023, logo depois de Bolsonaro deixar o Planalto.

Cordeiro ingressou no serviço público em 1982. Ele foi primeiro-tenente do Exército, capitão, trabalhou na burocracia do Exército e foi reformado em 2018.

Em janeiro de 2019, já no governo Bolsonaro, passou a trabalhar como assessor da Presidência da República. Atualmente, além dos pagamentos como comissionado na Presidência, ele recebe cerca de R$ 13.000 mensais como militar reformado.

INDICIAMENTO

A Polícia Federal indiciou Sérgio Rocha Cordeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid e mais 14 pessoas por crimes envolvendo fraudes em cartões de vacina no sistema do Ministério da Saúde.

Cordeiro foi indiciado por inserção de dados falsos em sistema de informações, uso de documento falso e associação criminosa. Na investigação sobre as fraudes, a polícia reuniu registros que mostram que ele emitiu 2 certificados de vacinação pelo aplicativo “ConecteSUS” cerca de uma semana antes de embarcar para os Estados Unidos com Bolsonaro.

Leia abaixo trechos do documento em que Sérgio Rocha Cordeiro é citado:

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