A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, rebateu a critica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que as baleias e outros animais marinhos são protegidos pela lei brasileira. O ex-chefe do Executivo afirmou que o inquérito contra ele por suposta importunação a uma baleia jubarte teve influência da ministra.
“Há quase 40 anos, o Brasil possui leis e normas para proteger os mamíferos aquáticos, como botos, golfinhos e baleias”, declarou a ministra em seu perfil no X (antigo Twitter) nesta 4ª feira (28.fev.2024), sem citar diretamente Bolsonaro.
O ex-presidente prestou depoimento à Polícia Federal na 3ª feira (27.fev) por suposta importunação a uma baleia jubarte no litoral de São Paulo.
Em entrevista à Revista Oeste na mesma data, ele disse que o inquérito foi impulsionado por Marina, com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o ex-chefe do Executivo, a acusação partiu do ministério chefiado por ela.
De acordo com Bolsonaro, o órgão teria provocado o Ministério Público a denunciá-lo. Inicialmente, o caso foi arquivado, mas “Marina recorreu e caiu na mão de outro procurador que resolveu dar prosseguimento a esse fato”. Também confirmou ser ele no vídeo que circulou nas redes sociais mostrando um homem em um jet ski perto do animal.
Na publicação desta 4ª (28.fev), a ministra afirmou que o Ministério do Meio Ambiente, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com o apoio de instituições parceiras, “fazem constantemente ações para cumprir a legislação e proteger a vida desses animais e a nossa biodiversidade”.
De acordo com Marina, as baleias jubarte migram anualmente para o litoral brasileiro para a temporada de reprodução. “Garantir que esse processo natural ocorra é fundamental para perpetuação da espécie, que já esteve na lista de animais ameaçados de extinção”, disse.