O STF (Supremo Tribunal Federal) inicia nesta 4ª feira (28.mai.2025) o 2º dia de oitiva das testemunhas indicadas pela defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres. Ele e o ex-presidente são réus na ação penal por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Os depoimentos serão feitos em 4 dias, de 3ª feira (27.mai) a 6ª feira (30.mai). Nesta 4ª (28.mai), a audiência está marcada para às 8h e será realizada por videoconferência.
São esperadas 26 testemunhas a favor de Torres. Confira a lista de quem deve falar nesta manhã:
- Antonio Ramiro Lourenzo
- Gustavo Henrique Dutra
- Manoel Arruda
- Jorge Henrique da Silva
- Rosivan Correia de Souza
Os depoimentos não serão transmitidos. A imprensa acompanha a audiência por meio de um telão instalado nos plenários de uma das Turmas, mas os jornalistas não podem gravar as declarações, por decisão do relator, ministro Alexandre de Moraes. O conteúdo será disponibilizado no processo depois que os depoimentos forem finalizados, em 2 de junho.
Esta rodada de depoimentos se refere só ao núcleo crucial da tentativa de golpe. De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), o grupo seria responsável por liderar a organização criminosa que queria impedir que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomasse posse.
Integram o núcleo:
- Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República;
- Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Walter Braga Netto, general do Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
- general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; e
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa.
Nesta semana, também falarão as testemunhas indicadas por Jair Bolsonaro, pelo ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e pelo general Walter Braga Netto.
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